Caros alunos,
Vocês estão de parabéns pelas postagens das visitas aos museus. Vejam como o mesmo museu pode ser abordado em diferentes aspectos com diferente olhar. Isso aconteceu nos relatos de visita de um mesmo museu por equipes diferentes.
Acredito que este blog cumpriu o objetivo de divulgar espaços de educação científica como museus, parques e zoológicos. Espero que uma parte dos 70% dos brasileiros que nunca visitaram um museu (como mostra foto do grupo que visitou a exposição sobre Energia do Sesc Itaquera) se interessem!
Parabéns!
Abraços,
Profa. Daniela Lopes Scarpa
Educação Científica, Sociedade e Cultura
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Museu Botânico Dr. João Barbosa Rodrigues
O museu botânico Dr. João Barbosa Rodrigues, localizado dentro do jardim botânico de São Paulo é um dos dezesseis museus de ciência da cidade de São Paulo, listados no guia de centros e museus de ciência do Brasil. Suas dimensões são modestas quando comparadas às dimensões do jardim como um todo e sendo uma das atrações do jardim botânico, apresenta elementos interessantes a estudantes de qualquer faixa etária e ao público em geral.
O jardim botânico possui fácil acesso e localiza-se na Av. Miguel Stéfano, número 3031, bairro Água Funda, próximo ao jardim zoológico de São Paulo e parque Zôo Safari. Sua entrada é bem sinalizada e possui estacionamento para carros, motos e ônibus de excursões. O local funciona de terça a domingo e feriados, das 9 às 17 horas, a entrada custa 3 reais e 1 real para estudantes e crianças até 10 anos, portadores de necessidades especiais e adultos com idade acima de 60 anos são isentos. Além disso, para um maior aproveitamento do passeio, possui a opção por visitas monitoradas, de terça a sexta feira, para grupos de no mínimo 10 pessoas, com duração de 2 a 3 horas, inclusive com gratuidade quando atendidas algumas condições.
“A missão do Jardim Botânico de São Paulo é a preservação e o uso sustentável da biodiversidade paulista e brasileira e o conhecimento de todos os grupos de plantas e fungos, bem como de suas relações com o meio ambiente.”
É possível conseguir um mapa informativo na portaria do jardim, onde todos os locais de visitação estão bem localizados com uma pequena descrição dos diferentes espaços a visitar. O mapa possui um interessante roteiro de visitação, que proporciona ao visitante conhecer o jardim inteiro com ênfase nas suas principais atrações.
Para chegar ao museu botânico é necessária uma caminhada curta, de no máximo 5 minutos, onde então se pode encontrar uma conservada construção antiga, com grandes janelas e alguns painéis em suas paredes.
Lateral do Museu Botânico com um "totem das aves". |
Entrada principal do Museu |
O interior do museu é um pouco escuro e passa a sensação de um local para observação e introspecção. Talvez tal sensação tenha ocorrido, pois o dia em que o visitamos havia poucas pessoas em seu interior e talvez com a presença de excursões o local pareça mais dinâmico. De qualquer forma, o museu conta com uma ampla variedade de folhas, flores e sementes, agrupadas de acordo com os diferentes biomas brasileiros nas salas principais do museu. O prédio é construído em forma de cruz e possui uma sala principal e quatro salas menores.
Cada uma das salas representa um bioma característico do Brasil, sendo eles: Mata Atlântica, Serrado e Caatinga. A sala central representa as aplicações de diferentes tipos de vegetais e fungos através da exposição de óleos, alimentos, fibras e celulose, mostrando que algumas espécies vegetais, por sua alta procura comercial, acabaram entrando em processo de extinção e hoje são protegidas.
Alimentos produzidos com fungos |
Aplicação de celulose em papel |
Óleos vegetais |
É muito interessante observar que grande parte da coleção é a mesma desde o período de fundação do museu, como podemos ver na figura seguinte, onde a “Paina amarela” é catalogada em 1932 e chama atenção para o potencial exploratório de seus frutos.
A sala central possui ainda um belíssimo vitral que preenche todo o teto do lugar, com desenhos de flores e plantas características da mata atlântica e região sudeste.
A última sala do museu é composta por artigos históricos da época de criação do museu, mostrando os primeiros documentos idealizadores, os projetos de construção do espaço, as principais motivações e os materiais utilizados pelos botânicos. Pode ser vista a escrivaninha de trabalho e os materiais do botânico F. C. Hoehne, que são muito parecidos com os materiais utilizados nos dias atuais.
Para complementar a visita ao museu, é altamente recomendável e agradável fazer um passeio pelo Jardim Botânico, desfrutando de sua coleção viva espécies de plantas de todas as formas e tamanhos, cores e cheiros, proporcionando de maneira agradável uma visualização prática de estruturas e conceitos estudados dentro das salas de aula, visando também reforçar o papel fundamental da conservação da biodiversidade, do desenvolvimento sustentável e demonstrar a importância da vegetação.
Com o auxílio de placas explicativas, o visitante pode não só associar conhecimento prévio como também novos conhecimentos de forma direta.
O visitante também tem acesso a diferentes ambientes com conteúdos e focos diferentes, como por exemplo, o orquidário criado em 1928, pelo Dr. Frederico Carlos Hoehne, onde é possível observar uma considerável variedade de orquídeas, enquanto desfruta de um ambiente agradável e acolhedor, proporcionado não só pela beleza natural das plantas como também do bom estado e boa conservação das instalações.
Outra principal atração do Jardim são suas estufas, repletas de variedades de bromélias e plantas exóticas, além de possuir um pequeno lago com peixes.
Entre as plantas que estão ameaçadas de extinção, o Jardim possui espécies como palmito-juçara, jacarandá-da-bahia e cabreúva-vermelha, espécies bastante conhecidas pela sua larga utilização em produtos mobiliários e alimentícios (no caso do palmito). A avifauna ainda está sendo levantada pelo observador de aves Antonio silveira, através de um projeto desenvolvido para levantamento de espécies por localidades no Brasil, e o Jardim conta até agora com 139 espécies observadas que se distribuem em 44 famílias. Um símbolo do Jardim é a presença do macaco Bugio.
Podemos afirmar que uma visita no Jardim Botânico de São Paulo, além de ser instrutiva, é muito relaxante e proporciona um contato direto com a natureza, a poucos quilômetros de uma cidade grande, caótica e cinza. Para um passeio de fim de semana ou uma excursão escolar é preferível chegar o quanto antes, pois é muito possível que o tempo de visitação seja insuficiente para conhecer todas as atrações que o jardim oferece.
Escadarias construídas em 1928 |
Túnel de bambu |
Túnel de bambu |
Jardim dos sentidos com diversas plantas aromáticas e de textura marcante |
Ponte sobre brejo natural |
Lago das ninféias |
"Castelinho" |
terça-feira, 26 de julho de 2011
Estação Ciência - USP
Nosso grupo optou por visitar a estação Ciência – USP que é um centro de ciências dinâmico e interativo que realiza exposições e atividades nas áreas de Ciência e Tecnologia, além de cursos, eventos e outras atividades, com o objetivo de popularizar a ciência e promover a educação cientifica de forma lúdica e prazerosa. Inaugurada em 24 de junho de 1987 a Estação Ciência – USP foi uma idéia que havia surgido no início da década de 70, quando foi fundada a Academia de Ciências do Estado de São Paulo. O projeto foi elaborado com a participação de um grupo de 60 pessoas do CNPq, que contaram com a colaboração de Universidades, diversos órgãos governamentais e empresas.
A Estação Ciência – USP fica localizada bem na frente da Estação Lapa da CPTM, o museu dispõe de uma estrutura completa para receber os visitantes, como por exemplo: estudantes universitários para auxiliar e explicar os experimentos, acessibilidade a portadores de deficiências físicas, venda de materiais educativos e a proximidade de estacionamentos, estação de trem e terminal de ônibus. O horário de funcionamento do museu é de terça a sexta das 8h as 18h e sábados, domingos e feriados das 9h as 18h.Os ingressos custam R$4,00 e existe a modalidade de meia entrada R$2,00 destinada a estudantes e portadores de necessidades especiais.
O acervo do museu está dividido de maneira temática sendo constituído em sua grande parte de experimentos interativos para facilitar a compreensão do visitante tornar a visita muito mais interessante.
Ciências Físicas
Fig. 1 – Escultura áudio – cinética.
Logo na entrada da exposição nos deparamos com esta incrível escultura áudio – cinética, na qual esferas são elevadas até aproximadamente 2 metros de altura e estas com seus movimentos orientados pela gravidade fazem seu caminho rumo ao solo passando pelas estruturas mais variadas e interessantes possíveis, demonstrando ao visitante conceitos físicos básicos como energia potencial, energia cinética, aceleração,inércia e fricção.
Ciências Biológicas
A exposição “A vida debaixo d’água – Os mistérios das paguas” ,ostra um pouco da diversidade aquática e da interação entra as várias espécies que compõem este ambiente. Através de um conjunto de aquários com diversas espécies vivas, tais como peixes, ouriços e estrelas, o visitante pode conhecer melhor o ambiente dos mares e dos rios.
Fig. 2 – Aquário da exposição.
Ciências Matemáticas
A área de Matemática da Estação Ciência possui mais de 60 experimentos, muitos dos quais baseados na exposição francesa Maths 2000, do Museu Cité des Sciences et de l`Industrie de La Villette em Paris e outros criados na Estação Ciência, com apoio do Instituto Matemática e Estatística da USP.
A ação do visitante é sempre requisitada para manipular as demonstrações e atividades interativas sobre diferentes assuntos: de cálculo e geometria em várias dimensões, a espirais e fractais.
Fig. 3 – Interatividade com o experimento.
Tecnologia
Na área de meio ambiente, uma grande maquete de uma bacia hidrográfica mostra diferentes tipos de relevo com vários cursos d’água corrente, que demonstram efeitos de erosão, inundação, represamento e geração de energia.
Fig. 4 – Maquete de uma bacia hidrográfica
Ciências da terra
O simulador de Tsunami, inédito no Brasil, tem 6 metros de comprimento por 1,20 metro de largura.
Através dele, é possível ver e entender esse fenômeno natural.
Fig. 5 – Simulador de Tsunami
Estes são os experimentos que o grupo achou mais interessantes. Porém há diversos outros experimentos que podem ser encontrados na exposição. Para maiores informações o aluno pode acessar o site: www.eciencia.usp.br/exposicao/index.html.
Grupo: Barbara Mourad, Ciro Lovizi, Igor Santo, Luan Guedes, RicardoFernandes e Vitor G. Nicolauterça-feira, 19 de julho de 2011
Sabina – Onde o aprender se torna divertido
Uma grande dica de passeio para se realizar nestas férias na região da Grande São Paulo é uma visita ao SABINA - Escola Parque do Conhecimento. A Sabina está localizada na Rua Juquiá, s/nº, bairro Paraíso, Santo André – SP, e seu funcionamento ocorrem de terça a sexta-feira (atendimento é exclusivo para escolas públicas e particulares) e nos finais de semana e feriados atende o público em geral das 9 às 17h30, com fechamento da bilheteria às 16h. A entrada é grátis para alunos e professores das escolas municipais de Santo André, para crianças menores de 5 anos e pessoas com deficiência. Demais visitantes: R$10, com meia-entrada para estudantes, professores, servidores públicos andreenses, aposentados e idosos acima de 65 anos.
Escultura feita de material reciclável
O projeto foi uma iniciativa da Secretaria de Educação que o define da seguinte forma: “Sabina é muito mais do que um grande espaço destinado à exposição de equipamentos, instrumentos científicos e obras de arte, é um lugar onde o visitante interage, reconhecendo ou não, algo familiar ao seu repertório cultural. Sabina é a concretização material de uma ideia pedagógica que transcende o ensino formal e responde a um dos maiores desafios da educação contemporânea.”
A Sabina foi desenvolvido visando o aprendizado de crianças a partir dos 4 anos de idade e dessa forma proporcionando aos professores e alunos um espaço para experimentação e desenvolvimento de projetos além dos limites físicos da Escola e da sala de aula.
Ambiente com Animais Marinhos, Dinossauros e Simulações de Intempéries e outras Ocorrências Naturais
Existem diversas atrações no parque entre elas estão os dinossauros, incluindo a única réplica existente na América Latina do esqueleto de um Tyrannosaurus rex, com 12,8 metros de cumprimento e um robô de 6 metros simulando uma ave marinha pré-histórica (Spheniscus magellanicus), há também diversos simuladores, entre eles um que simula os efeitos climáticos mostrando como é uma tempestade, um furacão, um terremoto, e um vulcão (para essa atração é necessário ficar atento aos avisos que são passados ao público sobre as próximas seções e onde pode ser retirado esses ingressos).
Aquário com diversas espécies de peixes
Há um aquário com raias, baiacus, tubarões, e um exclusivo para pingüins, no viveiro de raias é possível inclusive tocar nos animais. As crianças também podem ter contato com o terrário de cobras e podem conhecer melhor a anatomia desses animais, pois eles possuem pele e outras partes do corpo. É importante salientar que nessa área da exposição, a criança está em contato com diversos tipos de animais e apesar de terem os monitores, estes não falam a respeito da preservação do meio ambiente e talvez esse fator seja importante para as crianças que visitem esse local.
Ambiente de Música e Folclore
Instrumentos feito com material reciclável
Este ambiente conta instrumentos feitos de materiais recicláveis ou sucatas, onde se podem extrair diversos sons. Temos outro ambiente que se localiza próximo a esse em que podemos mergulhar no mundo do folclore. Trata-se de uma sala ampla com vários sofás e com diversas figuras do nosso folclore brasileiro e suas origens, valorizando nossa cultura, além disso, nessa sala há música clássica disponível, ou seja, se você quiser ouvir um Beethoven enquanto você passeia pelos murais, você pode. O ambiente se torna, portanto um dos mais aconchegantes do SABINA.
Sala do folclore
Para os mais velhos
Temos outro ambiente que é uma exposição de Monet chamada Impressionismo Puro, que possui alguns quadros desse pintor. Esse ambiente é mais voltado para o público adulto proporcionando um conhecimento sobre a arte.
Exposição de Monet- Impressionismo Puro
Ambiente de Ciência Aplicada
Neste ambiente é possível interagir com diversos experimentos físicos. Com a ajuda de monitores, crianças e adultos adquirem conhecimento de diversas propriedades ópticas e elétricas de materiais, funcionamento de fontes de energia, fenômenos com geometria de espelhos, visualização microscópica de pequenos insetos ou tecido de alguns órgãos de animais, murais e esculturas de vírus, bactérias, células e de outros diversos seres vivos, explicando sua evolução e desenvolvimento.
O publico acaba sendo recebido pelos monitores em uma parte do SABINA em que antes era possível visitar sem acompanhamento, tendo que pegar senha para as seções, porém essas senhas são distribuídas logo na entrada do parque e tem um tempo de espera curto entre uma seção e outra. Alguns monitores demonstraram má vontade em mostrar o local e não é possível observar todos os experimentos. Apesar desses fatores o conhecimento é obtido de uma forma mais prazerosa e o conhecimento é transmitido em uma linguagem de fácil entendimento.
Interação da criança com um experimento de eletromagnetismo
Experimentos de Física e Química
Há ainda uma sala com a simulação do inicio do Universo, um robô que interage com as pessoas e diversos outros tipos de informações que contribuem para o conhecimento cultural e científico das pessoas. Apesar de abranger uma grande faixa etária, desde crianças pequenas, sempre há o que se aprender nesse museu, pois todo o aprendizado deve acontecer de forma divertida, ao contrário da maioria das escolas e universidades.
Grupo: Altamiro Filho, Adriana Bonaldo, Amanda Nacas, Luciana Silva, Stéfany Lisboa, Tamara Abdouni
Período: Diurno.
Assinar:
Postagens (Atom)