Esperamos que seja uma análise clara e que você, leitor, sinta-se à vontade para nos sugerir, criticar e/ou perguntar algo relacionado ao texto. ;)
Boa leitura!
O local: Fundação Parque Zoológico de São Paulo.
O Jardim Zoológico possui duas entradas: uma principal, que você vê na imagem acima, e outra por onde entra o ônibus que parte do Terminal Jabaquara:
A portaria por onde chegamos de ônibus.
A entrada é bem convidativa. Na portaria da foto acima, fica um funcionário pronto a nos orientar. Também havia um mapa do local logo após a catraca:
Na entrada principal também fica um funcionário pronto a orientar os visitantes, além de algumas lojas de souvenirs:
Mas vamos falar de coisa boa (?): quanto custa para entrar no parque, e quando ele fica aberto?
Bem, os preços dos ingressos variam:
• idosos e crianças não pagam, e estudantes pagam meia entrada;
• o valor do ingresso é R$16,00 para adultos e crianças acima de 12 anos, R$8,00 para estudantes e professores da rede pública estadual de ensino, R$6,00 para crianças de 5 a 12 anos;
• a entrada é gratuita para crianças até 4 anos, pessoas com deficiências, alunos e acompanhantes de alunos de escolas estaduais.
Vale lembrar que, no terminal rodoviário de Jabaquara, são vendidos ingressos a R$12,40 para estudantes e R$20,40 para adultos, porque aí incluem-se os R$4,40 do transporte.
O zoológico fica aberto das 09h00 às 17h00 de terça a domingo. A bilheteria fecha às 16h00. É importante notar que o parque só abre nas segundas-feiras que forem feriados ou vésperas deles.
E uma vez dentro do parque, como você se orienta?
Nas bilheterias são vendidos por R$3,00 mapas com as atrações sinalizadas e legendadas. E tem até informações em inglês no verso, para orientar turistas estrangeiros. :)
Além das placas que temos nas alamedas:
E o que tem no zoológico, além de animais e visitantes?
• duas lanchonetes e quatro quiosques que oferecem uma variedade grande de alimentos e bebidas;
A maior das lanchonetes, no começo da Alameda Girafa.
• dezessete máquinas de refrigerantes espalhadas pelo parque;
• um fraldário ao lado da “casa do sangue frio”, para tranquilidade dos bebês e das mamães, onde as mamadeiras podem ser aquecidas;
• quatro conjuntos de sanitários femininos e quatro conjuntos masculinos estrategicamente espalhados pelo parque;
• um ponto de encontro no fim da Alameda Principal, onde funcionários nos dão informações gerais sobre o parque e podemos ver um mico-leão-dourado e um sagui empalhados;
• esquema de segurança própria: os veículos circulam em tempo integral pelo parque.
• um espaço de eventos, o Espaço D. Pedro, composto de um salão com 300m² e área externa com churrasqueira e três anexos de varandas construídos e decorados em estilo colonial, cercado por atraentes jardins de Mata Atlântica, de onde podem-se observar diversos tipos de aves nativas. É um espaço apropriado para jantares, confraternizações, congressos, palestras, lançamentos de produtos, exposições, coletivas de imprensa, simpósios e mini feiras.
E o parque é equipado para receber cadeirantes? Sim!
Logo no ônibus que parte do Terminal Jabaquara, percebe-se a preocupação com o acesso adequado dos deficientes físicos, por meio de um elevador especial, bem como locais específicos para idosos. Em todo o zoológico existem rampas para acesso de cadeira de rodas e corrimão em alguns lugares para idosos.
E a exposição dos animais?
Não havia nenhuma exposição específica, apenas os animais "de sempre", em boa variedade e agrupados de forma mais ou menos coerente. Não havia muitos animais de sangue frio (o Instituto Butantan tem um bom acervo específico de animais peçonhentos) nem aquáticos (mas os aquários de São Paulo e de Santos dão conta do recado).
No site do zoológico há uma lista completa das espécies presentes. São expostas mais de 3.200 espécies de animais: 102 de mamíferos, 216 de aves, 95 de répteis, 15 de anfíbios e 16 de invertebrados, em recintos e terrários amplos que buscam reproduzir os seus habitats naturais.
Em relação à linguagem de apoio: existem placas de sinalização por todo parque. Nestas placas havia fotos, ilustrações e informações em linguagem acessível para o público leigo, com curiosidade sobre a alimentação e o comportamento de cada espécie. Além da região de origem, não havia muitas informações sobre os habitats dos animais.
Clique na imagem para ampliá-la e ler as informações da placa.
Isto ajudam a despertar o interesse e o entendimento sobre as espécies que habitam o zoológico. A linguagem é simples e de entendimento a várias faixas etárias.
E os animais, estavam bem expostos?
Até estavam. Estavam em locais que procuravam reproduzir seus ambientes naturais, mas alguns com mais sucesso que outros.
Por exemplo: os irerês estavam num lago razoavelmente grande:
Mas o elefante estavam num espaço meio apertado:
Mas, em geral, nenhum estava em más condições.
É legal observar que no zoológico é praticado o enriquecimento ambiental, que é um processo onde um ambiente mais complexo e interativo é criado para melhorar a qualidade de vida dos animais mantidos em cativeiro, permitindo que assim eles possam apresentar comportamentos mais naturais de sua espécie. O zoológico deve oferecer ao animal oportunidade para que ele expresse seus comportamentos naturais, porém isto não significa trazer todos os eventos da vida natural para o cativeiro, afinal é preciso levar em conta a as limitações entre os dois ambientes.
E o zoológico como um todo, que mensagem passa?
A exposição passa uma mensagem a favor da preservação do meio ambiente.
Um ponto interessante são as lixeiras estilizadas.
Opa!, nem todas…
Uma placa na Alameda Principal, exemplificando a mensagem do Zôo.
Passa a mensagem de que as atividades, seus meios e seus fins visam não só o entretenimento da população e o desenvolvimento de pesquisa científica mas sobretudo a contínua conscientização da sociedade para a necessidade da preservação do ambiente.
O zoológico promove a conscientização do público sobre a variedade e diversidade das formas de vida sobre a Terra e que é a grande mensagem que tenta nos repassar. :)
E o público que frequenta o zoológico, que tal é?
Há uma grande concentração de escolas de ensino fundamental. Conhecemos um professor que nos informou que escolas da rede estadual de ensino tem isenção de 100%, assim como creches, entidades ou instituições assistenciais, sociais e religiosas (somente para as cadastradas e com agendamento), e pessoas com deficiências também tem o mesmo benefício (todos estes tem de estar obrigatoriamente com um acompanhante maior de 21 anos. No caso de deficientes físicos, é preciso haver no mínimo um acompanhante por deficiente).
Também notamos uma quantidade grande de casais e famílias pelo parque. Mas a maioria dos visitantes continua sendo formada por professores e seus alunos.
Todos nós achamos que a visita foi muitíssimo válida tanto para a agregação de conhecimento, tanto cultural quanto científico. Tivemos a oportunidade de ver animais que vivem em ambientes muito diferentes de onde vivemos e que jamais poderiam ser vistos se não fosse no zoológico. :)
Agora, falando em termos de Educação Científica, vamos explorar alguns pontos em que uma visita ao zoológico seria um bom ponto de partida:
• Observação do reino animal
• Educação ambiental
• Problemas ambientais
Por quê? Bem, porque levar uma turma de alunos ao zoológico é dar-lhes uma oportunidade de conhecer a diversidade da flora e em especial da fauna, além de ser uma atividade prazerosa a de passear pelo parque. Os educadores podem trabalhar o sistema dos reinos Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia, pode também trabalhar cadeia alimentar, de acordo com a bagagem de conhecimento dos alunos; ou seja, os estudos devem ser feitos dependendo da idade dos alunos, podendo se dividir na própria biodiversidade, fazendo a classificação dos seres vivos em reinos, filos, classes, ordem, família, gênero e espécie (até porque os nomes científicos estão dispostos nas placas informativas do zoológico).
Em relação às turmas de educação infantil, o passeio deve se restringir apenas ao conhecimento dos animais, seus nomes, suas cores, sua alimentação, pois as crianças se encantam com os mesmos, tornando o passeio uma aula e tanto. E não basta conhecer apenas os animais pelos livros de histórias ou por figuras. É importante que os vejam para criar noção de tamanho, de perigo e de quais podemos manter contato físico ou não.
Os zoológicos evoluíram juntamente com os princípios ambientais e hoje atuam em busca de técnicas eficazes para a preservação da fauna silvestre e, ao mesmo tempo, realizam trabalhos de Educação Ambiental que, nos dias atuais, está incluída entre os principais objetivos dessas instituições. Em diversas cidades, os zoológicos são uma das principais áreas de lazer e recreação, onde as escolas realizam aulas práticas e, nos finais de semana, reúnem inúmeras famílias que lá encontram um lugar tranquilo para diversão. Nesse contexto, os trabalhos de Educação Ambiental implantados nos zoológicos dinamizam as programações e tornam as visitas mais atrativas.
Outra forma de se envolver o conhecimento é a importância de que se faça a relação sobre os problemas ambientais que afetam os ecossistemas brasileiros, caça, desmatamento, poluição, queimadas, que tanto tem prejudicado a fauna e a flora de nosso país.
Existe inclusive a atividade do Zoo Safari:
A entrada do Safari.
É uma atração paga (veja aqui os preços), onde o visitante pode ver animais da savana soltos numa área reservada, e pode inclusive alimentá-los.
E está sendo formulada uma atração chamada "Riquezas do Brasil". Recebeu este nome porque as atividades estarão ligadas à diversidade dos biomas brasileiros e aos impactos causados pela poluição e degradação do meio ambiente.
Entre outras atrações, o local oferecerá um teatro interativo com fantoches e três oficinas que tratarão de temas como: "Pré-história", "Diversidade das Aves" e Diversidade da Flora.
Todas essas atividades são, em maior ou menor grau, interdisciplinares, o que o torna mais rico ainda.
O parque tem caráter mais lúdico do que formal, o que vemos na própria disposição dos animais e nos nomes das vias.
Em sala de aula, o educador pode dar continuidade ao trabalho visto no zoológico, propondo para os alunos fazerem relatórios escritos sobre o passeio, o que acharam do mesmo, o que conseguiram "comprovar", quais as novidades que descobriram e aquilo que mais lhes chamou a atenção.
As crianças menores podem desenhar os animais que mais gostaram o que acharam mais bonito. Na roda de conversa cada aluno pode expor sua impressão sobre os animais, sobre o passeio de um modo geral, tendo a oportunidade de expor suas idéias e os conhecimentos que adquiriram.
O professor pode enriquecer seu trabalho, interligando-o às fábulas, perfazendo uma narração de histórias para as crianças, aproveitando o momento para trabalhar com valores morais e éticos.
Para que o trabalho e o passeio não sejam em vão, é preciso que tudo seja planejado com antecedência, deixando claros os objetivos que se querem atingir, que conceitos querem trabalhar com os alunos, quais as formas de avaliação etc.
O Zôo oferece visitas monitoradas, o que é um ótimo recurso didático: os alunos conhecem biólogos e veterinários que cuidam dos "bastidores": conhecem a preparação dos alimentos, a manutenção dos locais, a higienização, o tratamento médico de que podem precisar etc.
Concluímos então que o zoológico é um ótimo passeio, reunindo recursos didáticos, de lazer e de conscientização para várias faixas etárias! Recomendado! :)
Alexandre Issao
Alexandre Soares
Amanda
Daniele
Maiza
Ricardo
Nenhum comentário:
Postar um comentário