O “Parque do Conhecimento – Sabina” contou com a visita técnica de mais um grupo de alunas da disciplina de Educação científica, sociedade e cultura – UFABC, sendo desta vez realizada no último dia 8.
O espaço de exposições no parque é amplo, deixando a impressão de um ambiente aberto e não sufocante. Ao entrar, o público é primeiramente abordado por um monitor, quem orienta sobre as atividades e exposições de cada piso, e seguidamente se depara com a exposição temporária “Nos Jardins de Monet – Vida e Obra” que traz 27 releituras das obras do pintor francês, Claude Oscar Monet, o que foi uma boa surpresa, pois não se esperava encontrar esse tipo de obra no parque.
O museu tem caráter lúdico, permitindo a interação do público com a exposição de forma recreativa, a fim de despertar a curiosidade e maior afinidade do público com as diversas áreas do conhecimento trabalhadas. Ele é dividido em quatro blocos: Ciências da Terra, Ambiente e Sustentabilidade, Ciências da Vida, Ciências Físicas e Tecnológicas e Arte e Comunicação, os quais podem ser explorados de forma aleatória, possuindo monitores em cada um para enriquecer e auxiliar a visita.
O grupo enfocou sua visita no bloco “Ciências Físicas e Tecnológicas” para realizar a leitura técnica da exposição, na qual se tratou da interpretação dos processos físicos naturais e sua aplicação para o bem estar da humanidade.
Ponte móvel com estabilidade garantida
Neste bloco estão distribuídos experimentos de ótica, mecânica, termodinâmica, eletricidade, magnetismo, acústica, além de painéis, mosaicos e aparelhos, equipamentos tecnológicos e modelos que permitem o entendimento das forças fundamentais do universo e sua aplicabilidade através da criatividade humana. Durante a observação e recreação promovidas pelos objetos expostos e organizados de forma a aproximar os materiais que explorem conteúdos similares, os monitores contam desde a história da ciência até a utilização das tecnologias atuais.
Disposição dos experimentos são relacionados por assuntos
Painéis apresentam artes de ilusão de ótica (Op-Art)
O setor de experimentos de física ótica conta com espelhos côncavos, convexos e suas combinações
Os exemplos utilizados pelos monitores contextualizam o aprendizado, de forma que este se torne mais significativo. Assim, pôde-se aprender mais sobre eletricidade estática e elétrica, bem como meios de se obter energia pela geração e transmissão desta por hidrelétricas, sobre ilusões e princípios de ótica, colisões (efeito de ação e reação), distribuição de forças, velocidade de arraste, propagação de ondas sonoras, fundamentos termodinâmicos, função dos pixels além dos conteúdos biológicos como diferenças das células animais e vegetais, as bactérias, os vírus e microscopia.
Lei de ação e reação é apresentada para público de diversas idades
Maquete de distribuição da energia elétrica pela usina Henry-Borden
No setor de Ciências Físicas e Tecnológicas predominam-se experimentos de física, desta maneira, a exploração e compreensão da exposição são acompanhadas por monitores, todos universitários e capacitados, que orientam os visitantes pelo complexo, antes ou após a realização de todos os experimentos, apresentando os experimentos e explicando os trabalhos científicos com linguagem adequada ao público presente, além de auxiliar no manuseio de instrumentos expostos com maior periculosidade com uma linguagem acessível. Devido à presença de monitores, o entendimento dos materiais expostos fica dependente desta ou do próprio conhecimento do público, visto que este setor é mais auto-explicativo do que associado a explicação na forma de textos.
Experimento demonstra o efeito de atração da força eletrostática: necessita da atenção de um monitor para uma realização segura
A disposição, cor e tamanho dos objetos são adequados, proporcionando que tanto crianças de uns 4 anos quanto adultos possam visualizar e interagir com o experimento, possuindo também equipamentos de segurança sempre que necessário. Este bloco não apresenta textos ou materiais impressos que expliquem os experimentos ou obras, porém a presença obrigatória do monitor garante a informação sobre os experimentos aos visitantes, não havendo a necessidade de placas descrevendo cada item exposto. Já em outros setores do parque foi possível notar a existência de textos informativos perto das obras, os quais são longos e com letras pequenas, sendo pouco atrativos e visíveis.
Público infantil se diverte com as “lousas” de mais e menos pixels
Texto informativo no setor de Ciências da Vida
A exposição é muito atrativa e interessante. Acredita-se que esta possa ser utilizada por muitos professores como complementação de diversos conteúdos e até mesmo como ponto de partida para se iniciar tópicos em sala de aula. Os monitores são bem preparados e conseguem ensinar bastante durante a visita. E por serem experimentos de caráter lúdico, promove melhor compreensão do conhecimento exposto.
A distribuição das forças nas cordas pode ser testada pelo público ao levantar os pesos
Para finalizar a visita, o grupo explorou o bloco de Ciências da Vida, no qual o público interage com os elementos expostos ao som de dinossauros e aves pré-históricas que se movimentam por toda a área. Há uma nave em 3D que leva o público a uma viagem para conhecer a cidade de Santo André, suas áreas de preservação e a vida marinha da cidade de Santos – SP, além da exposição da única réplica existente na América Latina do esqueleto de um Tyrannosaurus rex, com 12,8 metros de comprimento, um Ceratosaurus nasicornis animatrônico, de 6 metros, um espaço com espécies de cobras vivas e empalhadas, aquário com pingüins e áreas para recreação voltada à atividade de paleontologia.
Vista de parte do bloco Ciências da Vida
A atenção à acessibilidade ao Parque Sabina, que conta com rampas, cadeiras de rodas e outros carrinhos motorizados facilitadores para o acesso de deficientes físicos, bem como a boa elaboração das exposições para que tanto crianças como idosos possam acessar as informações de forma adequada, demonstra que o local pode ser apreciado por todo tipo de público, que busque alcançar o saber de forma dinâmica, sendo aberto para atendimento exclusivo a escolas públicas e particulares, através de agendamento prévio, de terça a sexta-feira, e para o público geral aos finais de semana e feriados. Contudo, sendo este um período de férias escolares, o parque abre para o público geral de terça e domingo e feriados, sendo possível verificar pessoas sozinhas e famílias durante a visita realizada.
Para maiores informações, visite www.santoandre.sp.gov.br/sabina.
Alunas (diurno):
Adrielle Coelho Araujo Dias
Mariana Tambellini Faustino
Mônica Helena Monteiro do Nascimento
Nathana Barbosa Lopes
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